quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

"Purificação"

"Mas eu sinto que eu tô viva, a cada banho de chuva que chega molhando meu corpo"

Já é noite, está chovendo. A janela estava fechada e, num ato contraditório, fui abri-la. Queria ouvir a chuva. Queria poder sentir. De bruços na janela, sentindo o vento bagunçar meus cabelos, me perco em meio à imensidão do céu azul escuro, em meio aos meus pensamentos.

Às vezes choro. Às vezes rio. E a vida segue. A chuva também. Ela está mais forte. Já posso sentir as gotas em meu rosto. Misturam-se com as lágrimas que ainda me sobram.

Num momento de loucura. No meu máximo. Fecho a janela e abro a porta do quarto. Desço as escadas, rapidamente. E, em meio segundo, encontro-me de novo com ela. Dessa vez, no quintal. Ela cai cada vez mais forte. A cada pensamento meu, ela fica mais intensa.

Tento resistir. É praticamente impossível. Sem mais nem menos, já estou junto a ela. Os pés descalços, o cabelo solto. A blusa vai ficando transparente, a calça já esta pesada. Tão pesada quanto à cabeça, já.

Olho pra cima. Digo pra chuva cair. Deixo a chuva cair. Molha meu corpo. Purifica minh’alma. Seca minhas lagrimas, leve-as com você. Pra qualquer rio. Pra lugar algum.

Um comentário:

SiL disse...

Eu conhecia!!! Lero lero!! =P

Perfo? Qse nada!

Fato q tá chovendo e tomei um meio banho de chuva! Teve q ser rápido e tal... mas foi mto bom!
Queria fazer como diz no texto... ando precisando. Mas fica pra uma próxima oportunidade!!!

Parabéns!!! =)

Amo!
Bjooooooooooooooooooos!!!