domingo, 25 de novembro de 2007

"O agradecimento"

"Amor. Do dicionario, inclinação da alma e do coração; Amizade. Do dicionario, afeição; amor; Música. Do dicionario, arte e ciência de combinar harmoniosamente os sons; suavidade; douçura;"
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Agradecer pelo o que mesmo? Sabe que, às vezes, nem eu mesmo sei. Listar 11 dos 17 anos de feitos memoráveis e, de merecidos agradecimentos, não é tarefa fácil. As palavras faltariam e o texto seria repetitivo ou, na melhor das hipóteses, curto e grosso com apenas um “Muito Obrigado”.

Posso dizer que a vida mudou ao conhecê-los. Os dias ganharam um colorido especial e o meu sorriso era constante, principalmente, ao ligar o rádio e ouvir aquelas duas vozes. Melhor mesmo, era encontrá-los na televisão e ficar ali, hipnotizada. E tudo isso, ainda, de forma inconsciente. Quando chegou a adolescência, as músicas falam de mim, falavam diretamente comigo. E, se eram vocês que estavam falando, não teria como não acreditar.

Dessa forma, o inconsciente transformou-se em carinho e dedicação e, tudo isso, fruto do amor. Que como sabemos não se explica e nem pede nada em troca. Amor esse, que transforma os detalhes, os pequenos gestos em muita coisa. São momentos mágicos.

Aquele tchau. Aquele olhar. O toque na mão. O seu oi. Obrigada. Obrigada pela música, pelo carisma. Pelas lições de vida. Obrigada, por me ajudar a aprender a sorrir, a chorar, a amar, a perdoar.

Difícil imaginar que a música é capaz de tudo isso, mas, ela é. E quando está acompanhada de pessoas de caráter, carisma e valores, que vão além de bons interpretes, ela é capaz de muito mais.

Digo que a música, em minha vida, foi capaz de me presentear com uma coisa chamada AMIZADE. Sandy e Junior me apresentaram aos melhores amigos do mundo e, assim, obtive, dentro e fora da música, os melhores momentos, as melhores risadas, os melhores choros.

E, dentre todas essas coisas que foram citadas, das que não foram também, essa última é a qual eu escolhi agradecer. Portanto, Sandy, Junior, saibam que a música vai além, ela é capaz de unir, de transformar. Jamais imaginei que pudesse fazer tanta coisa, que hoje sou capaz. Jamais me imaginei em situações, que hoje dou risada. Jamais imaginei conhecer lugares diferentes, lugares esses que já conheci e que vou conhecer. Por isso, a vocês, deixo aqui, não somente, o meu muitíssimo obrigado. Mas, também, o meu desejo de que sej-am sempre música.

domingo, 18 de novembro de 2007

"Inesquecivel, assim..."

"É hora de crescer, aprender a aceitar a realidade e a vida tal qual ela é. As mudanças são sempre necessarias, apesar de muitas vezes dolorosas. Mas, se tudo fosse, sempre, do mesmo jeito, não haveria mais graça em nada. Como seria se as músicas fossem todas romanticas, as mulheres todas loiras e os homens todos morenos? Se os dias fossem todos chuvosos e você usasse as mesmas roupas? Com certeza, monotono. Igual. E, então, é chegada a hora da mudança. Mudar, transformar, variar, substituir. Mudar é também arriscar. É incerteza e medos. É o novo, é o desconhecido".


Os olhos cheios d'água: Um tempo que não volta e uma saudade que já aperta o peito. A sensação que fica, é a sensação de quero mais e, a vontade é a de voltar no tempo e reviver todos os momentos com maior intensidade. Ah, se eu pudesse prever o fututo...

A mente lotada de lembranças e expectativas. A decisão foi tomada inesperavelmente, para alguns - e para mim - foi cedo, pelo menos, mais cedo do que o imaginado. Agora o que fica são apenas imagens, pequenos flashs. Ah, as fotos, as músicas, os sorriros, as manias, o 'trejeitos'...

Eram apenas mais 6 meses, que agora já se transformaram em dois, um e meio. Como o tempo voa. E como as coisas já estão mudando. Depois do choque, a aceitação e a certeza de que as maiores loucuras valeram a pena. Foram noites mal dormidas e em claro, mentiras e omissões a mãe, provas e trabalhos perdidos para apenas um 'oi'. Ah, aquela voz, aqueles olhos...

É sentir. É amar. É nunca estar só e, estar indo sempre em frente. Alguns, sempre me disseram que era fase, digo então, que esta fase já dura a 11 anos, nos seus 17 de existencia. E, a cada ano novo comemorado, novas conquistas ia-se alcançando e os sentimentos aumentando. Foram shows, programas de tv, viagens, autografos e, muito mais que isso, foram amigos conquistados. Ah, só de pensar que meus filhos não viverão uma época tão boa...

E, com os olhos, ainda, lotados de lágrimas, me questiono das questões da vida. Me dou conta que é preciso crescer, mentalmente, já que físicamente o tempo se encarrega. Cheia de dúvidas sobre o futuro, os deles e o meu. Como será ao pegar o cd e ver apenas um rosto na foto e, ao ouvi-lo encontrar uma única voz? Como será trabalhar sussegada, o celular não tocar e as noticias não fazerem mais efeito? Ah, como é dificil aceitar...

São lágrimas de tristeza. São lágrimas de alegrias. E, principalmente, lágrimas de agradecimentos. Que as memorias sejam sempre revisitadas, que o sucesso seja repetidos e que as mudanças sejam sempre feitas. Creçamos, todos... Cresçamos juntos, como sempre foi.

A tristeza de um momento não apaga a felicidade de uma vida! Inesqueciveis em nós.

domingo, 11 de novembro de 2007

"Paixão irracional"


O grito preso na garganta,
A agonia presa no olhar.
Olhar atento a todos os movimentos
E a voz falha, a cada aproximação.

É preciso paciencia, é necessario a crença.

Acredite em você, no poder da mente.
Alguns divertem-se, cantando.
Você apenas observa a movimentação.

A cada tentativa, uma coisa errada.
Vira-se de costas, tenta não olhar.
Fecha os olhos, tenta disfarçar.
Não consegue, de fato, é mais forte que você.
Vem de dentro, alma e coração.

Quando menos espera, é supreendido.
Os olhos brilham sem acreditar no que vêm.
As mãos sacodem rápidamente, o grito é cantando.
Ah, a comemoração.

A cada tentativa, uma certeza.

A felicidade é geral, a vitoria sempre vem.
A torcida é uma só, gritando sem parar.
Sensação indiscritivel, sentimento sem porquê.
Esporte nacional, paixão irracional.

Futebol, amor, arte e paixão.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

"Teletransporte"



Se o teletransporte existisse
Eu já não estaria mais aqui.
Na lua eu poderia estar.

Se o teletransporte existisse
Na lua eu poderia estar.
Observando a Terra girar.

Se o teletransporte existisse.
Aqui, não mais eu estaria.
Iria pra longe, pra bem longe eu iria.

Iria pra onde meus olhos não pudessem te ver,
Meus ouvidos não pudessem te escutar
E minha mente não pudesse te sentir.

Iria me perder,
me livrar de mim e de você...
Iria esquecer...
de você e da vida sem você.
Para poder lembrar...
que nós dois não há,
nunca existirá...

sábado, 3 de novembro de 2007

"A viagem"

"Na solidão inspiradora da madrugada, um texto iniciado de versos."


O chamado é de ultima hora mas, a mochila já esta nas costas. Pé na estrada, vamos embora. A noite era gostosa, convidativa: nem muito frio, nem muito calor. Noite de lua e de estrelas, o céu conspira a nosso favor.

O velocimetro, não pára. Já marcava 120, a velocidade é contínua. No radio, uma só voz encantava e, no carro eram três. Na verdade, três risadas gostosas, misturadas à melodia da música.

Elas estão de volta, o trio parada-dura ataca de novo. E agora, em nova versão, versão pós-faculdade. Mas, de novo só o cabelo loiro de uma e o carro zero quilometro da outra. A terceira, de novo, mesmo, era o namorado - que não se encontrava nesta viagem -. Deve estar com os amigos. Depois de dois anos passados, tudo era tão igual: as risadas sem motivo que continuavam sem motivos, os apelidos carinhosos continuavam carinhosos e, a diversão ainda era a mesma, muita farra regada a cerveja, vinho e vodka. Para elas, só isso importava.

Os dias são transformados em noite e, a noite é só uma criança. A praia, só era visitada a tarde, depois das quatro. Afinal, a madrugada terminava as 8 da manha e nascia de novo as 23. A rotina foi uma das primeiras coisas a ser estabelecida - quase que antes mesmo da viagem -Durmir - Praia - Balada. Foi assim, os cinco dias da viagem. Estavam felizes da vida e bebadas. Estavam juntas e era isso que iria significar.

No ultimo dia, Patricia teve um sonho e acordou diferente, as amigas nunca tinham a visto com aquela face e, apesar da insistencia, ela não disse o que havia acontecido. Apenas, pediu pra ficarem mais um dia, afinal, estava tudo tão bom e demoraria para acontecer de novo, quem sabe só depois de uns cinco anos, então, queria aproveitar. E, a sua insistencia tambem não adiantou. As amigas alegavam que precisam trabalhar.

Naquela noite, Patty, estava quieta. Passou a maioria do tempo no bar, sentada, sozinha, observando as amigas. No carro, na volta para casa, para tomarem banho e colocarem as coisas no carro, a mesma coisa. Patty, voltou deitada no colo de uma das amigas: "É que já estou com saudades".

Antes de sairem, a ultima foto. A foto divertida, de despedida. No meio do caminho, o sono bate e, Luciana - a motorista, adormece ao volante. Neste segundo, o carro sai da pista e entra na contra-mão, indo de encontro com um caminhão, que buzina, acordando Luciana. Infelizmente, era tarde demais... Luciana - e todas as outras - estão de olhos, eternamente, fechados.

A irmã mais nova de Patricia chora, tentando entender o porque. "As historias, infelizmente, não são como os contos de fadas, minha princesa. Nem sempre o final é feliz, mas, só peço uma coisa: aproveite a vida, divirta-se, sorria e ria, faça o que tiver vontade. Seja você. E, é isso que fica. Eu estarei sempre ai, com você... Cuidando de você!" E, nesse instante, os olhos derramaram uma lágrima.