sábado, 3 de novembro de 2007

"A viagem"

"Na solidão inspiradora da madrugada, um texto iniciado de versos."


O chamado é de ultima hora mas, a mochila já esta nas costas. Pé na estrada, vamos embora. A noite era gostosa, convidativa: nem muito frio, nem muito calor. Noite de lua e de estrelas, o céu conspira a nosso favor.

O velocimetro, não pára. Já marcava 120, a velocidade é contínua. No radio, uma só voz encantava e, no carro eram três. Na verdade, três risadas gostosas, misturadas à melodia da música.

Elas estão de volta, o trio parada-dura ataca de novo. E agora, em nova versão, versão pós-faculdade. Mas, de novo só o cabelo loiro de uma e o carro zero quilometro da outra. A terceira, de novo, mesmo, era o namorado - que não se encontrava nesta viagem -. Deve estar com os amigos. Depois de dois anos passados, tudo era tão igual: as risadas sem motivo que continuavam sem motivos, os apelidos carinhosos continuavam carinhosos e, a diversão ainda era a mesma, muita farra regada a cerveja, vinho e vodka. Para elas, só isso importava.

Os dias são transformados em noite e, a noite é só uma criança. A praia, só era visitada a tarde, depois das quatro. Afinal, a madrugada terminava as 8 da manha e nascia de novo as 23. A rotina foi uma das primeiras coisas a ser estabelecida - quase que antes mesmo da viagem -Durmir - Praia - Balada. Foi assim, os cinco dias da viagem. Estavam felizes da vida e bebadas. Estavam juntas e era isso que iria significar.

No ultimo dia, Patricia teve um sonho e acordou diferente, as amigas nunca tinham a visto com aquela face e, apesar da insistencia, ela não disse o que havia acontecido. Apenas, pediu pra ficarem mais um dia, afinal, estava tudo tão bom e demoraria para acontecer de novo, quem sabe só depois de uns cinco anos, então, queria aproveitar. E, a sua insistencia tambem não adiantou. As amigas alegavam que precisam trabalhar.

Naquela noite, Patty, estava quieta. Passou a maioria do tempo no bar, sentada, sozinha, observando as amigas. No carro, na volta para casa, para tomarem banho e colocarem as coisas no carro, a mesma coisa. Patty, voltou deitada no colo de uma das amigas: "É que já estou com saudades".

Antes de sairem, a ultima foto. A foto divertida, de despedida. No meio do caminho, o sono bate e, Luciana - a motorista, adormece ao volante. Neste segundo, o carro sai da pista e entra na contra-mão, indo de encontro com um caminhão, que buzina, acordando Luciana. Infelizmente, era tarde demais... Luciana - e todas as outras - estão de olhos, eternamente, fechados.

A irmã mais nova de Patricia chora, tentando entender o porque. "As historias, infelizmente, não são como os contos de fadas, minha princesa. Nem sempre o final é feliz, mas, só peço uma coisa: aproveite a vida, divirta-se, sorria e ria, faça o que tiver vontade. Seja você. E, é isso que fica. Eu estarei sempre ai, com você... Cuidando de você!" E, nesse instante, os olhos derramaram uma lágrima.

4 comentários:

sylramon disse...

Vish! Siniiiiiistro, hein!

Pensei que o trio �ramos eu, voc� e a Chiarello... Pq est�vamos no MSN! Mas com esse final n�o quero ningu�m que eu conhe�a!!!

Por isso quero a Sil de volta pra casa dela tamb�m!!! =(

Fiquei preocupada, b-jus.

Mariana Duarte disse...

Nossa, profundo!

Amizade mexe com a gente né, coisas alegres, coisas trsites....tudo! Mas são coisas inesquecíveis na vida da gente!

Bjão

Laís Mendes disse...

Texto incrível...
E eu que sempre sonhei com minha viagem entre amigas...
Nunca fui de ter aquele grupinho inseparável de garotas, mas os amigos... ah... eles são demais!

Texto triste...
Gosto deles assim, mas sei que há sempre algo que nos inspira a escrevê-los, certo?

Adicionei seu blog aos meus favoritos!
Beijinhos

SiL disse...

Pois então...

Cá estou eu!!! car/

Sem palavras pro texto!
Fato q fiquei triste!
Mas tá mto bem feito!
Vc tem O dom! cissa/

Amo mto!
Bjooooooooooooooooos!