quarta-feira, 30 de março de 2011

Miragem

O dia foi corrido. Milhões de pensamentos soltos. Atitudes desnecessárias. Uma mistura de cada coisa. Coisas ruins. Sentimentos ruins. Pessoas ruins. Uma agonia percorria meu corpo até escorrer pelos olhos. Minha cabeça doía, enquanto o estômago gritava. Estava sufocada. Queria fugir, sumir.

Me tira daqui? Vamos ficar sentados na grama, vendo o por do sol e falando sobre nada. Sobre o tudo. Sobre você. Me fala sobre você! Como foi seu dia? Sabia que eu gosto dessa sua barba assim? Ei, será que eu posso deitar no seu colo?

Miragem. A imaginação me acalma. Mas, quando abro os olhos e vejo que você não está, a solidão me invade. Outros mil pensamentos vem à tona. A frustração se revela. Você não está. Isso é só.

sábado, 26 de março de 2011

Natalie Portman e um pouco de mim




Não por acaso Natalie ganhou o Oscar de melhor atriz. Não há dúvidas de que fez um trabalho excepcional em 'Black Swan', um filme muito intenso que exige muito de seus atores principais. Difícil mesmo é ganhar prêmios e impressionar em filmes clichês. E Natalie merece. Diferente do seu par, Ashton Kutcher, ela consegue se transformar em outros personagens. A Emma de 'Sexo sem Compromisso' não tem nada da Nina de 'Cisne Negro'.

Sobre o filme, é uma comédia romântica moderna que tem como problemática a descrença no amor, por parte da personagem principal. Para alguns, sem sal. Pra mim, um ótimo filme.

Confesso, a temática me atrai. E sempre acabo me identificando com a protagonista, quando não o filme inteiro, a maior parte dele. Foi assim em 'Antes do Fim', '500 days of Summer', 'Love and the others drugs' e agora em 'No strings attached'.

São filmes que me fazem pensar e repensar a vida. Me emocionam e acho até que me deixam mais maleável - carente e confusa, com certeza deixam. A questão é que não há problema nenhum em tentar ser auto-suficiente. A questão é quando aprendemos a ser, simplesmente por ter medo.

Medo da dor. Vou me apegar, gostar, querer, ter... e depois tudo o que resta são fotografias e algumas camisetas no armário. Além da dor, é claro. Então, a decisão é ficar só com a melhor parte: bebidas, beijos e sexo.

Mas, o superficial também cansa. E quando se precisa de um colo, alguém pra dividir um chocolate quente ou um sábado sem fazer nada? Uma companhia pra uma festa, pra um show? E quando dá vontade de abraçar? De cantarolar ou de cozinhar pra alguém? De amanhecer e ouvir um bom dia ou um boa tarde?

Nos filmes, nunca é tarde demais e o final é sempre feliz. Ela perde o medo. Ele esquece os contra-tempos. Na vida real, não é tão simples assim. Por vezes, a indecisão te acompanha por muito tempo e quando aparece alguém que pode ser o certo, a hora é a errada.




domingo, 20 de março de 2011

F.

Eu queria escrever sobre diversas outras coisas. Tenho muito o que falar sobre livros, filmes ou experiências vividas, mas nada como a tristeza para me inspirar e forçar a colocar as palavras pra fora. Talvez, por isso, eu não me importe com ela. Não que eu goste de ser triste, mas me acostumei a sentir-me assim.

São dos piores momentos que saem os melhores ensinamentos. Como já diz o senso comum - e isso é um eufemismo para as comunidades do orkut - Decepção não mata, ensina a viver. Mas, decepção pra mim, tem mais a ver conosco do que com os outros. Vem de expectativa, frustra. E se sentir frustrada é se sentir menor.

Você esperava tanto, recebeu pouco ou nada. Você queria, achava, buscava e tudo foi diferente. Dói. Dói em você, por você e não pelos outros. Se ele fez isso, fez porque é escroto. Mas, e eu? Eu esperava diferente. Me decepcionei por mim.

Frustrada, é uma boa definição. Mentir com um sorriso no rosto, ir dormir com uma lágrima no olho.

Murphy me gongando

Dá série coisas que só acontecem comigo: sexta-feira, estava numa festa com cerca de 8 mil pessoas. Música boa, bebida barata. Estávamos felizes, alegres, sorridentes. Lá pelas tantas, estou sensualizando ao som da batida que na balada é sensação, quando um moço interessante chega para dançar junto comigo.

Eis que, no meio da dança:

Ele: Você dança muito bem - em um portunhol.
Eu: Obrigada.
Ele: Eu não sou daqui, sou da Colombia.
Eu: Faz quanto tempo que está aqui?
Ele: 2 semanas. Você é brasileira de São Paulo mesmo?
Eu: Sim, sim. Paulista.
Ele: Corinthiana?
Eu: Sim, corinthiana - feliz.
Ele: Sou torcedor do Tolima.
Eu: Affs... Não quero mais dançar...
Ele: Não, não... São coisas do futebol.
Eu: Então, vou pegar uma cerveja...


Sério mesmo que entre 8 mil pessoas eu consigo encontrar um colombiano torcedor do Tolima? Só eu. Só comigo.


domingo, 6 de março de 2011

Quatro comemorações, uma tequila e 22 anos.

Dia três me março foi meu aniversário. De presente ganhei um chocolate, uma calcinha, um livro e uma tequila. Mais do que isso, recebi abraços, telefonemas, SMS e recados de pessoas que há muito ou a pouco são essências. Ganhei também um petit gateau surpresa e um abraço coletivo. Fui parabenizada ao vivo na rádio e bebemorei com os amigos da faculdade. O bolo de chocolate ficou por conta da mamãe - e quem ganhou o primeiro pedaço de bolo foi o irmão. Isso porque eu não queria comemorar! Mas, posso dizer, apesar de faltarem alguns e outros sobrarem, foi um dia feliz! Que venham os 23 (ou não! To ficando velha!)!

terça-feira, 1 de março de 2011

Hoje não

Hoje é um daqueles dias que eu não queria ter saído da cama. Lá fora o céu está nublado e venta! Bem como acontece aqui dentro. Tô cansada desse frio que me persegue. Minhas blusas de lã e moleton já não estão dando conta.

A cama, a minha cama, ao contrário, continua quente. Não quero levantar. Não quero acender as luzes. Aliás, luz nenhuma deveria ser acesa hoje. Vazio, solidão. Deveria ser assim na minha mente também.