quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Nota

Será que eu me expressei mal? Será que acabei por complicar ainda mais as coisas? Seus sinais foram poucos. Poucos, muito pouco para quem esperava demais. Pouco o suficiente para me deixar mais confusa. Procurei o jeito mais simples, que fosse mais fácil pra mim. Será que fiz do jeito errado? Ou será que... as coisas vão ficar mesmo assim.

Vou ter que me acustumar com a vida em preto e branco? Com a saudade sem limites? Com as poucas palavras, poucas horas. Com o silêncio? Com o meu silêncio e com o seu silêncio? Com o vácuo, a lacuna e com a falta? A sua falta.

Será que você não entendeu que não é isso que eu quero? Que eu estou com medo e assustada demais para tentar de alguma forma ser direta? Não é possível que seja assim, porque, eu sei. Eu sei que não é assim. Se alguém entendeu, esse alguém foi você! As minhas entrelinhas são sua. Elas sempre foram suas, mais de qualquer outra pessoa.

Completo dizendo que escrever é dar aos dedos o poder da boca que muitas vezes, por medos e orgulhos, incertezas e certezas, se recusa a exercer. Escrever é como um pedido de socorro. É a liberação daquilo que atinge a alma.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O nosso feliz que nao é final


E será que foi o tempo que nos fez assim? Busco, num misto de saudade e carinho, no arquivo das lembranças os nossos momentos juntos. O sorriso é constante, a cada frame que vai ganhando a frente.

Conforme vou avançando no tempo, numa lógica inversa, as memórias, os momentos, os sorrisos e até mesmo as lágrimas, vão ficando esbranquiçadas. Com largas falhas. Erros de gravação, edição, memorização.

Erros meus e seus. Coisas que acontecem. Talvez pela correria, medo, dúvidas e ate mesmo pela certeza. Sem esquecer os novos: novos momentos, novos amigos, novas conquistas e das novas necessidades. Junto o conformismo, o cansaço, o espasmo. O deixar tudo como está.

Foi quando as pequenas coisas tornaram-se grandes. E a vontade de lutar cessou. Eu sempre achei estar preparada para esse momento que se fazia longínquo. E o que parecia distante está diante de nós. Entretanto, não sabemos como lidar. Vamos, empurrando com a barriga e deixando que a vida ajeite – ou não – as coisas.

Confesso que monotonia. Deixar por deixar, ficar por ficar e falar por falar não é legal. É morno, é pouco. É como se só o passado estivesse bom demais e que o futuro não importasse. Quando na verdade importa, e importa muito.

Quero o filme da nossa vida com final feliz, daqueles clichês. Mas, bem clichês mesmo. Não quero mais lacunas nos separando. Quero você mais do que nunca presente na minha vida.

Então, por favor, depois de encontrar o texto, e se ainda quiser esse mesmo final, me chama. Senta, pega a minha mão e fale comigo. Vamos falar de tudo, mas principalmente dos nossos sentimentos.

Volta pra minha vida? E torne real, o meio ilógico, título desse texto.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Tudo é poesia




Os sonhos são como o céu

Leves, doces-celetes.


As palavras são como sentenças,

Poderosas, cheias de vida.


Eu sou como o Sol,

Por hora brilho e por muitas outras me escondo.


O mundo é como uma montanha russa,

Nunca está parado e alterna entre o alto e o baixo.


O segredo é acreditar;

E ser forte o bastante para não desistir.


E tudo é como poesia: versos sem rimas

Que em certas horas, ganham magia.