terça-feira, 27 de setembro de 2011

Aprendizados da vida

Eu sempre me achei meio boba, daquelas sentimentais demais, sabe? Pra mim, bastava o amor. Eu te amo. Isso basta, vai ficar tudo bem. Meu Deus, quanta ingenuidade numa pessoa só. Na verdade, naquela época, isso me bastava: ter a companhia daquelas pessoas que me chamavam de amiga, ouvi-las preocupadas comigo e ter esse reconhecimento. Acontece que achava que era assim com  os outros também até que a verdade me foi jogada na cara.

Certa vez, estava conversando com a  minha  - até então - amiga. Ela chorando as pitangas como sempre e eu soltei minhas palavras de consolo: 'Fica calma, as coisas vão melhorar, vou estar aqui com você. Tenho certeza que isso vai passar!'. A resposta foi nua, crua e direta: "Eu to cansada de você falando dessas coisas de sentimentos. Não quero saber se você me ama, se vai estar comigo... quero que ação. Que você me diga pra onde ir ou o que fazer".

Confesso que doeu saber que ela não ligava para os meus sentimentos. Mas com o tempo entendi o que ela quis dizer. A vida precisa um pouco mais de ação. Não adianta ficar esperando as coisas caírem do céu ou contando com a sorte. É preciso agir. Se está com fome, come. Com sede, beba. Se algo te incomoda, fale. Se está apaixonado, se declare. Vá enfrente, faça as coisas valerem.

Se ela veio até minha pessoa é por que quer alguma ajuda, uma opinião, uma visão diferente. Vale o senso comum de que duas cabeças pensam melhor que uma. Pois é, e eu me limitava ao sentimentalismo. Que brega!   Hoje melhorei, apesar de escorregar as vezes. Mas, ainda encontro pessoas totalmente passivas que não sabem agir e precisam aprender.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Mais

Eu queria falar mais, mas não consigo. Queria simplesmente que as palavras saíssem da minha boca. O que elas formariam? O que você - e todos os outros - ouviriam, eu realmente não sei. Só sei que queria mais. Mais de mim. Mais de você. Mais de nós dois. Mais do tempo, do vento, da alma, da calma. E apesar da turbulência sigo tranquila, com a falta.

domingo, 18 de setembro de 2011

Obrigada pelo trabalho bem feito

Engraçado como algumas coisas extremamente simples acabam marcando. E através delas é possível perceber algo maior. Eu não tinha me dado conta, do que realmente aconteceu e ainda acontecia até ouvir aquela pergunta. De primeira não entendi direito, dei um sorriso sem graça e, no momento que reproduzi a frase mentalmente, descobri que estava certa. Extremamente certa. Continuei sorrindo, balancei a cabeça consentindo. 

"Eu fiz um bom trabalho, vai?"  - simples e fora do contexto nada significa. Mas, pra mim significou. Estávamos, como de costume, sentadas num bar, cada uma com a sua cerveja, conversando sobre a vida. Quando você perguntou, meio que afirmando e confirmando sua tese. 

E eu fiquei pensando sobre. O vestido, o cabelo, o salto. Eu estava bonita, segura. Realmente, tinha muito de você ali. O que, a principio, me assustou. Mas, depois, acabei indo além e enxergando a situação de um novo ângulo. 

Dramática e carente que sou, sempre gostei de demonstrações afetivas. Quanto mais recorrentes e explícitas melhor. Sei o quanto isso é chato, por isso, de alguns anos pra cá melhorei muito nas cobranças e achismos. Senso comum já diz que ações valem mais do que palavras. 

É isso. E ontem me dei conta de tudo. E só queria agradecer: Obrigada por tudo. Just it. Just say.