sábado, 15 de dezembro de 2007

"Manhã de Sábado"

"Coisas que eu sei, o meu rádio-relógio mostra o tempo errado. Aperte o play. Eu gosto do meu quarto, do meu desarrumado, ninguém sabe mexer na minha confusão. É o meu ponto de vista, não aceito turistas, meu mundo tá fechado pra visitação. Coisas que eu sei, o medo mora perto das ideias loucas."


O Sol saiu cedo, mais cedo do que o esperado. 9:30 da manhã e, eu já estou na rua. A claridade encomoda os olhos. Minha cara e meu humor são os mesmo, péssimos!

Nada pior do que acordar com o telefone tocando, em plena manhã de sábado, e ser engano. E, ao voltar para a cama, ter a animadora noticia: "Seu pai vai precisar de você hoje. Não pude ir...". Claro, tentei resistir. Virei de lado, cobri a cabeça...

Logo a consciência pesou. É só uma manhã de sábado, não seria muito esforço. Afinal, eles se esforçam a 18 anos, por mim.

O mal-humor é inevitável, porém, já pode ser visto um leve sorriso em meu rosto, que os clientes retribuem a mesma maneira, assim meio desanimado.

A hora não passa, não tenho muito a fazer. Comprei o jornal, dei uma folheada, tentei dar uma aprofundada na leitura mas, os olhares amedrontadores do meu pai, não me deixaram.

Monótono. A preguiça e o sono quase tomam conta de mim. Penso na vida e em tudo o que está se aproximando. Tento fazer a ficha cair, tento aceitar que o futuro é mesmo incerto. Exito em não fazer planos, tarde demais. É inevitável.

Os últimos meses têm sido assim: uma mistura de sorrisos e lágrimas. Sem saber se é certo ou errado, bom ou ruim. São mais três dias. Dias, esses, muito dolorosos.

Me perco nos pensamentos, os olhos começam a encher d'água. Não posso, não posso. É hora de parar. Parar de pensar. Sou interrompida por mais um cliente: "Moça, moça! Um café, por favor!". Estou desatenta, longe. E ele insiste. Sirvo-lhe, então, o café. O troco, eu cobro errado, ele me corrige, eu me desculpo com um sorriso tão sem graça quanto os anteriores.

Olho o relógio que marca meio-dia e meia. Confirmo no celular, procurando uma maneira de sair dali, daquele mundo de pensamentos. Não, não tem nenhuma SMS ou ligação perdida, que eu possa retornar, tentativa em vão. Lógico, penso comigo, a esta hora eu estaria durmindo. Todos devem estar fazendo o mesmo, que sorte!

Mais uma vez sou interrompida, desta vez, pela fome. Junto com ela, os clientes. Parece que todos tiveram fome agora, junto comigo. Que maravilha!

O balcão está lotado. Tem gente me chamando: uma, duas, três pessoas. Tenho então que me despedir dos pensamentos, que insistem em não ir.

Fazem três horas que estou aqui. Alguém me pediu café?

2 comentários:

sylramon disse...

Tome banho gelado, ficaasuperdica.

Pensei que o final do post seria... ZZzzZZZZzzzzZZzz...

kkkkkkkkkk Quanta preguiça, Bbs!

Tem que acordar, agradecer por mais um dia estar com os olhinhos bem abertos, tomar um beeelo banho e abrir a janela. Pronto! Esteja chuva ou sol, contemple o milagre da vida e sorria.

Amo-te!
B-juuuuuuuuuus.

SiL disse...

Nhaaaaaaaaaai amore!!!

Sinto uma coisa em suas palavras... q vai além de preguiça ou vontade de não estar alí...

Mas enfim!!!
Vou ser breve nas palavras hj!
Mas insisto em repetir duas coisas "Amo vc" e "Estou com vc, sempre"!!!!
Esquece não tá?!

Bjoooooooooooooooos, meu anjo!