sábado, 26 de março de 2011

Natalie Portman e um pouco de mim




Não por acaso Natalie ganhou o Oscar de melhor atriz. Não há dúvidas de que fez um trabalho excepcional em 'Black Swan', um filme muito intenso que exige muito de seus atores principais. Difícil mesmo é ganhar prêmios e impressionar em filmes clichês. E Natalie merece. Diferente do seu par, Ashton Kutcher, ela consegue se transformar em outros personagens. A Emma de 'Sexo sem Compromisso' não tem nada da Nina de 'Cisne Negro'.

Sobre o filme, é uma comédia romântica moderna que tem como problemática a descrença no amor, por parte da personagem principal. Para alguns, sem sal. Pra mim, um ótimo filme.

Confesso, a temática me atrai. E sempre acabo me identificando com a protagonista, quando não o filme inteiro, a maior parte dele. Foi assim em 'Antes do Fim', '500 days of Summer', 'Love and the others drugs' e agora em 'No strings attached'.

São filmes que me fazem pensar e repensar a vida. Me emocionam e acho até que me deixam mais maleável - carente e confusa, com certeza deixam. A questão é que não há problema nenhum em tentar ser auto-suficiente. A questão é quando aprendemos a ser, simplesmente por ter medo.

Medo da dor. Vou me apegar, gostar, querer, ter... e depois tudo o que resta são fotografias e algumas camisetas no armário. Além da dor, é claro. Então, a decisão é ficar só com a melhor parte: bebidas, beijos e sexo.

Mas, o superficial também cansa. E quando se precisa de um colo, alguém pra dividir um chocolate quente ou um sábado sem fazer nada? Uma companhia pra uma festa, pra um show? E quando dá vontade de abraçar? De cantarolar ou de cozinhar pra alguém? De amanhecer e ouvir um bom dia ou um boa tarde?

Nos filmes, nunca é tarde demais e o final é sempre feliz. Ela perde o medo. Ele esquece os contra-tempos. Na vida real, não é tão simples assim. Por vezes, a indecisão te acompanha por muito tempo e quando aparece alguém que pode ser o certo, a hora é a errada.




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