sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Visita a Central Globo de Produção


Anteontem, dia 27 de janeiro, tive a oportunidade de viajar, a trabalho, para o Rio de Janeiro para conhecer a Rede Globo de Televisão. No final de semana anterior a viagem, meus familiares mostravam-se mais ansiosos que eu do que eu mesma, a viajante. "Ai, meu Deus! Você vai realizar o meu maior sonho. Pelo menos por foto vou conhecer o Projac" - disse minha mãe.

A viagem pode ser divida em três partes. E acabou rendendo algumas reflexões profissionais e pessoais. Confesso que esse foi o motivo para dar saldo positivo no final da noite, com a cabeça no travesseiro. O fato é que assim como minha mãe as pessoas se deslumbram com a palavra Globo, ainda mais quando vem seguida de Projac.

Somadas são sinônimos para artistas e glamour. O mundo real chegando ao encantado e fantasioso. Estava com a impressão de estar indo para Disney World. O mundo da magia. Mas, não é bem assim não.

Central Globo de Jornalismo

A primeira parada foi a Central Globo de Jornalismo, ali perto do Jardim Botânico. Eu não sabia que iriamos ali, mas achei que fosse só para conhecer a equipe que cuida das redes socias (o meu trabalho) e só. Talvez um bate papo, uma integração e todas aquelas coisas sem graça. Engano, grande engano.

Ali estão os estúdios dos jornalísticos. Globo Esporte, Fantástico, Jornal Nacional, Jornal da Globo News, Estudio I e alguns outros. Assim como as partes de marketing e criatividade. E para minha surpresa passeamos por tudo isso.

Era hora do almoço. Uma e pouco da tarde. O Globo Esporte estava sendo gravado. O Jornal da Globo News também. Olhava com atenção. A bancada, o apresentador, o telepronter: fascinante.

Jornal Nacional e a certeza da profissão

Eis que paramos no corredor, de frente para uma porta, e nossa guia explica: "Essa é a redação do Jornal Nacional. Sabe aquela que aparece atras da bancada do Bonner? Então, vamo entrar. Só vou pedir pra vocês falarem baixo, porque aqui eles mandam a gente calar a boca mesmo".

Várias baias ocupadas por computadores e telefones, um do lado do outro. Na frente da porta e mais ao fundo, cerca de 5 ou 6 salas. Na ultima, já no final eis que está William Bonner, de camisa branca e pele bronzeada. Dou uma olhada rápida. Ele e um outro moço que o fazia companhia também nos observam. Acima de sua sala há suspensas em suportes 5 televisões, cada uma num canal diferente, todos concorrentes. Do lado oposto a mini bancada, um telepronter e uma câmera. "As entradas de Fátima Bernardes entre os programas é gravada aqui" - diz a guia. No alto está a bancada do JN.

Confesso que demorei os olhos em todos os detalhes daquela sala. Enquanto ouvia o barulho das teclas e do telefone e das conversas, tentava idealizar o que cada um estava fazendo: fechando pauta, matéria, editando, marcando entrevista. Será? Não sei, só sei que é aqui que tudo acontece. A noticia em tempo real, a vida jornalística dura, sentida e tão buscada. Eu quero isso pra mim, posso entregar meu currículo? - pensava.

Saímos da sala e continuamos o tour. Outros estúdios, algumas outras histórias e dúvidas. Não consegui mais prestar atenção, sei que a menina disse que o expediente deles começa as 11 da manhã. Mas, pra jornalista isso não vale muito. A imagem da redação, a vontade de estar ali e a certeza de ser jornalista estavam ali presentes. É a vida que eu escolhi.

Projac: a fantástica fábrica de madeira

O trajeto Jardim Botânico - Jacarepaguá durou cerca de 1h40. A temperatura no Rio era de 37ºC e a sensação térmica de 40ºC. Na van, ainda bem, era menor devido ao ar condicionado.

Chegamos a portaria três perto das duas horas da tarde. Entregamos nossos documentos para cadastro e identificação e recebemos o crachá de visitante. Junto conosco, porém, já com seu crachá estava Fábio Assunção, que entrou apressado.

Outros que avistei por ali, passeando de carrinho elétrico foi André Marques, Juliana Alves e Boninho. Mas, antes da visita começar, tínhamos reserva no restaurante local, carinhosamente apelidado de Bandeijão, que conta com 5 tipos de cozinha diferentes. Self-Service. Saladas, refrigerantes e sobremesas variados.

Depois do almoço, de carrinho eletrico e de baixo no sol escaldante, iniciamos o nosso passeio. A primeira parada foi o estúdio da novela Ti ti ti. Os atores estavam gravando, então não podemos entrar. Passamos pela sala de áudio e pela sala de cortes, onde viamos tudo que estava sendo gravado lá dentro com Murilo Benicio e outros, em 4 câmeras configuradas diferentes. O passeio seguiu e quando retornou à porta de entrada. Lá estava Murilo, indo para o camarim trocar de roupa.

A caminho da cidade cinematografica passamos perto (mas não tão perto assim) da casa do Big Brother Brasil. Deu pra ver onde acontece as eliminações, a porta vermelha. Nada demais. Aquela altura queria invadir a casa e me jogar na piscina.

A cidade cinematográfica pouco me empolgou. Tudo feito de madeira, tudo fechado. Apenas faxada. Cenários misturados que eu pouco conhecia. Os detalhes são interessantes de serem notados: roupas no varal, telefones públicos, gatos de energia e tv a cabo. Há quem goste, vide minha chefe.

A fábrica de cenários nada mais é do que peças de madeiras gigantes sendo cortadas, pintadas, colocadas em um carrinho e levadas ao estúdios para brincar de Lego.

Passamos ainda pelos acervos de figurino, que é gigante e todo organizado por década e gênero, e de VTs, que é totalmente robotizado. O mecanismo é interessantíssimo e muito inteligente. Teve também a parte de corte e costura: máquinas e mais máquinas de costura, com senhores e senhoras o tempo todo trabalhando. Tecidos e croquis por todos os lados.

A visita acabou por volta das 17 horas da tarde. O Sol continuava muito quente. E na saída, enquanto bebia um copo com água no bebedouro, vi Carmo Dalla Vecchia usando o banheiro feminino, significa?

Pegamos a van e fomos em direção ao aeroporto pela orla da praia. Da barra até Copacabana. Pessoas se refrescando, correndo e eu presa ali. Trocaria fácil as duas horas e meia de Projac por praia, cerveja e mar.



Da vista da van: a praia da Barra.

Um comentário:

caio narezzi disse...

Seensacional! Adorei, Gabiroba!!!