quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O nosso feliz que nao é final


E será que foi o tempo que nos fez assim? Busco, num misto de saudade e carinho, no arquivo das lembranças os nossos momentos juntos. O sorriso é constante, a cada frame que vai ganhando a frente.

Conforme vou avançando no tempo, numa lógica inversa, as memórias, os momentos, os sorrisos e até mesmo as lágrimas, vão ficando esbranquiçadas. Com largas falhas. Erros de gravação, edição, memorização.

Erros meus e seus. Coisas que acontecem. Talvez pela correria, medo, dúvidas e ate mesmo pela certeza. Sem esquecer os novos: novos momentos, novos amigos, novas conquistas e das novas necessidades. Junto o conformismo, o cansaço, o espasmo. O deixar tudo como está.

Foi quando as pequenas coisas tornaram-se grandes. E a vontade de lutar cessou. Eu sempre achei estar preparada para esse momento que se fazia longínquo. E o que parecia distante está diante de nós. Entretanto, não sabemos como lidar. Vamos, empurrando com a barriga e deixando que a vida ajeite – ou não – as coisas.

Confesso que monotonia. Deixar por deixar, ficar por ficar e falar por falar não é legal. É morno, é pouco. É como se só o passado estivesse bom demais e que o futuro não importasse. Quando na verdade importa, e importa muito.

Quero o filme da nossa vida com final feliz, daqueles clichês. Mas, bem clichês mesmo. Não quero mais lacunas nos separando. Quero você mais do que nunca presente na minha vida.

Então, por favor, depois de encontrar o texto, e se ainda quiser esse mesmo final, me chama. Senta, pega a minha mão e fale comigo. Vamos falar de tudo, mas principalmente dos nossos sentimentos.

Volta pra minha vida? E torne real, o meio ilógico, título desse texto.

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