quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Nota

Será que eu me expressei mal? Será que acabei por complicar ainda mais as coisas? Seus sinais foram poucos. Poucos, muito pouco para quem esperava demais. Pouco o suficiente para me deixar mais confusa. Procurei o jeito mais simples, que fosse mais fácil pra mim. Será que fiz do jeito errado? Ou será que... as coisas vão ficar mesmo assim.

Vou ter que me acustumar com a vida em preto e branco? Com a saudade sem limites? Com as poucas palavras, poucas horas. Com o silêncio? Com o meu silêncio e com o seu silêncio? Com o vácuo, a lacuna e com a falta? A sua falta.

Será que você não entendeu que não é isso que eu quero? Que eu estou com medo e assustada demais para tentar de alguma forma ser direta? Não é possível que seja assim, porque, eu sei. Eu sei que não é assim. Se alguém entendeu, esse alguém foi você! As minhas entrelinhas são sua. Elas sempre foram suas, mais de qualquer outra pessoa.

Completo dizendo que escrever é dar aos dedos o poder da boca que muitas vezes, por medos e orgulhos, incertezas e certezas, se recusa a exercer. Escrever é como um pedido de socorro. É a liberação daquilo que atinge a alma.

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