Será que eu me expressei mal? Será que acabei por complicar ainda mais as coisas? Seus sinais foram poucos. Poucos, muito pouco para quem esperava demais. Pouco o suficiente para me deixar mais confusa. Procurei o jeito mais simples, que fosse mais fácil pra mim. Será que fiz do jeito errado? Ou será que... as coisas vão ficar mesmo assim.
Vou ter que me acustumar com a vida em preto e branco? Com a saudade sem limites? Com as poucas palavras, poucas horas. Com o silêncio? Com o meu silêncio e com o seu silêncio? Com o vácuo, a lacuna e com a falta? A sua falta.
Será que você não entendeu que não é isso que eu quero? Que eu estou com medo e assustada demais para tentar de alguma forma ser direta? Não é possível que seja assim, porque, eu sei. Eu sei que não é assim. Se alguém entendeu, esse alguém foi você! As minhas entrelinhas são sua. Elas sempre foram suas, mais de qualquer outra pessoa.
Completo dizendo que escrever é dar aos dedos o poder da boca que muitas vezes, por medos e orgulhos, incertezas e certezas, se recusa a exercer. Escrever é como um pedido de socorro. É a liberação daquilo que atinge a alma.
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