sábado, 30 de março de 2013

Um dia depois do outro


Há dias em que nada é o bastante. Tudo dá errado e mesmo com o sol batendo na janela, a paisagem é cinza. A alma, fria, cansada e pesada.

Há dias em que tudo é confuso. As nuvens encobrem o sol e você não sabe de nada. Se prefere o branco, o preto ou o vermelho. Não consegue escolher entre morango ou chocolate. Um oi irrita, assim como o barulho da TV. No rádio aquela música insiste em tocar. 

Há dias em que a vontade é desistir, jogar tudo para o alto e fazer como manda a canção: tentar outra vez. Diferentes caminhos, novas estradas. Talvez menos tortuosos, esburacados e escuros. 

Há dias de surpresas. Um sorriso, uma palavra, um cafuné. De repente um chacoalhão, um grito, um xingamento. De repente um dois, três copos. Uma, duas ou três cervejas. A cada shot um conselho. Tequila. 

Há dias de surpresas. Algumas palavras, meios silêncios. Outras músicas. Novos pontos de vistas. Um café. Uma noite aqui, outra ali. Os mesmo assuntos,  as mesmas dores. Faz-se segredos, confidências. 

De repente, vida. 

Quem tem amigos, tem tudo. 

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